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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Dia 12 de Novembro Estreia o Filme do Livro "Capitães da Areia"

Apresentação

A cidade de Salvador da Bahia, envolta no charme dos anos cinqüenta, vive uma onda de assaltos. Um bando de meninos de rua, conhecidos como “Capitães da Areia”, são caçados como bandidos perigosos. Olhando de perto, descobrimos que não passam de crianças, quase uma centena delas, vivendo no abandono. Mas não serão meninos para sempre: ao final desta odisséia, muitos terão se tornado homens.

Um ano da vida desses meninos. Ano em que viveram as mais incríveis aventuras, foram heróis e humanos, voaram como pássaros, tiveram os mais belos sonhos, visitaram o inferno, descobriram o sexo, o amor, a morte, a liberdade! Este é o enredo do filme “Capitães da Areia”, adaptação do romance homônimo de Jorge Amado, um dos livros mais vendidos do escritor (mais de cem edições, totalizando mais de cinco milhões de exemplares em todo o mundo).

O romance que, além do enredo fascinante, conta com uma narrativa bastante visual e poética, apresenta personagens complexos e profundos, descreve belíssimas locações, sugere diálogos, músicas, climas, parece mesmo ter sido escrito para o cinema e merece uma adaptação a sua altura. Muitos jovens, a cada nova geração, sonham com a imagem dos Capitães da Areia correndo pelas praias de Salvador. O filme vai projetar esse sonho nas telas de cinema, pintando com cores fortes um painel dos anos 50 na Bahia: uma leitura moderna para um filme de época cuja temática continua extremamente atual.

Minha Opinião Sobre o Livro "Capitães da Areia"

Primeiro e melhor livro que já li! Depois que conheci a incrível obra de Jorge Amado, me apaixonei pela literatura. Este livro é com toda certeza um livro maravilhoso! As frases do livro na maioria das vezes mais parecem poesias. E cada personagem é maravilhoso, sem igual, cada um com sua personalidade, é simplesmente incrível!!!
"CAPITÃES DA AREIA" se trata de um romance, mas no livro não encontramos apenas romance, tem de tudo! É um livro que fala da realidade, mas as vezes parece ser uma coisa surreal, de tão maravilhosa. Apesar de Jorge Amado ter o escrito em 1937, o livro tem uma atualidade impressionante. Assim que descobri o ano em que foi escrito, me surpreendi muito, quase não pude acreditar! Me surpreendi mais ainda quando descobri que o livro era uma "história real" e que para escrever o livro, Jorge Amado conviveu com os "CAPITÃES DA AREIA", dormira no "trapiche" (lugar onde os Capitães da Areia dormiam e guardavam seus objetos furtados, era mais que isso, era um esconderijo). Comecei à imaginar a sensação de conviver com os CAPITÃES DA AREIA. Minha nossa, quanta honra! Acho que não tenho nem palavras para descrever a imensidão de sentimentos que se ajuntaram dentro de mim de uma só vez. Senti até uma vontade de querer ter nascido naquela época somente para ter uma pequena chance de ao menos falar com os CAPITÃES DA AREIA ou vê-los, pois apesar dos detalhes que Jorge Amado dá sobre a aparência dos meninos, a gente sempre tem uma curiosidade a mais, pois só podemos vê-los pela nossa imaginação.
  Enfim, tenho a completa certeza de que nunca encontrarei um livro igual ou melhor que este. É uma pena que tudo o que é bom acaba, mas em minha memória os CAPITÃES DA AREIA ficarão gravados para sempre!

Capitães da Areia - Um Livro Extremamente Maravilhoso!

Nesse livro conhecemos os chamados “Capitães da areia” que se trata de um grupo de crianças abandonadas que vivem do furto.
O chefe desse grupo era o chamado Pedro Bala, ingressara na vida na rua com cinco anos e com um pouco mais de idade se mostrava mais corajoso e capacitado líder para as crianças, era loiro e filho de um grevista morto no cais. Nesse grupo viviam mais de cinqüenta crianças, entre eles o chamado Professor, Gato, Sem Perna, Volta Seca, Pirulito, Boa Vida, João Grande e outros. Todos viviam em um trapiche abandonado na praia.

Professor sabia ler e assim passava as noites à luz da vela lendo livros que de algum modo foram adquiridos, e também muitas vezes lia as histórias para os capitães ou então inventava a partir do que já lera. Possuía um grande talento para desenhar, muitas vezes ganhava alguns réis desenhando casais e jovens nas ruas da Bahia.
Gato era um dos mais belos do grupo, quando chegou um dos meninos tentou se relacionar com ele, o que acontecia costumeiramente no trapiche, mas ele não se dispôs. Era vaidoso, elegante e tinha ginga de malandro. Andava arrumado dentro do que era possível, de acordo com sua realidade de menino de rua, o cabelo sempre melado de brilhantina barata. Com sua pouca idade, na adolescência se apaixonou por uma mulher da vida, Dalva. No início ela tinha um amante, mas foi até que ele se cansou dela e a partir de então ela e Gato iniciaram um caso.

Sem Pernas, era coxo e odiava tudo. Uma vez fora pego pela polícia e isso despertara nele uma grande amargura, os policiais o colocaram em uma sala e riam enquanto forçavam o menino a correr pela sala. Ele implicava com os meninos mais novos e novatos. Muitas vezes ele era usado nos planos de assalto a casas, batia a porta pedindo ajuda, declarando ser um órfão aleijado. Despertava a compaixão e assim ficava na casa até descobrir onde os bens preciosos eram guardados, indicando-os depois aos capitães da areia. Foi assim que certa vez ganhou uma nova mãe que via nele o filho perdido. Era bem tratado, mas a fidelidade aos capitães impedia que ficasse lá para sempre, e foi assim também que se envolvera com uma mulher de meia idade que lhe oferecia um amor carnal e incompleto.

Volta Seca era afilhado de Lampião, pedia sempre ao professor que lesse para ele as notícias de seu padrinho, era também um fiel ajudante nos assaltos.
Pirulito tinha o chamado de Deus em sua vida. Padre José Pedro, um pobre sacerdote era amigo dos capitães, ensinava-os e foi ele que contribuiu para o fim das relações homossexuais no trapiche. Foi ele também o responsável pela religião de Pirulito, que através dos ensinamentos dos padres buscava uma vida mais correta chegando até a abandonar o roubo.

Boa Vida era um dos moleques do trapiche, era esperto e também participava dos roubos. Por fim João Grande, esse era um negro burro, porém era bom, como diziam os próprios companheiros.
A polícia perseguia os capitães e a maioria da cidade não gostava deles. Mais eles tinham o padre, D. Aninha, uma negra praticante de candomblé; e João de Adão um grevista do cais.

Chegou à praia então a varíola, todos temiam a doença, pois quem a adquirisse devia ser entregue ao governo que os mandava para o lazarento, e tinham como fim a morte. Foi assim que um dos meninos do grupo foi para lá. Tentaram encobrir a doença, mas o médico acabou falando aos governantes e o menino foi para o lazarento e o padre José Pedro castigado.
Foi assim também que a mãe de Dora e Zé Fuinha morreu, eles sozinhos no mundo desceram do morro, ela procurou emprego, mas a doença da mãe lhe destruía as vagas. Assim eles ingressaram no grupo dos capitães, inicialmente os meninos quiseram se relacionar com ela, mas a defesa de Professor, João Grande e Pedro Bala impediram. Logo Dora era a mãezinha e a mana dos meninos. Mas para Pedro Bala ela era a noiva, para Professor também, porém Dora retribuía apenas a Pedro. Ela também ajudava nos roubos, era uma companheira.

Um dia em um assalto alguns dos capitães foram presos, dentre eles Pedro Bala e Dora, mas a ação rápida do líder dos capitães fez com que apenas ele e Dora fossem presos. A menina foi mandada a um orfanato, já Pedro foi torturado pela polícia, mantido em uma solitária por oito dias e depois lançado no reformatório. Porém, os meninos agiam do lado de fora e assim Pedro se fez livre.
Quando foram libertar Dora, ela se encontrava doente. E poucos dias ainda viveu entre os capitães. Mais na noite antes de partir ela e Pedro Bala consumaram o amor dos dois tornando-se esposos. Depois disso, os capitães seguiram a vida. A juventude já chegava para alguns. Padre José Pedro acabou ganhando sua capela e Pirulito foi embora com ele para trabalhar na Igreja de Cristo. Sem Pernas fugindo da polícia acabou morrendo, mas não deu o prazer aos policiais de o pegarem. Gato foi para Ilhéus junto com Dalva onde vivia da malandragem, depois chegou a voltar a Salvador, mas só de passagem, pois já ia embora com uma negrinha.

Boa Vida parou aos poucos de voltar ao trapiche e vivia em farras, amando a Bahia e tocando modas no seu violão. Professor entrara em contato com um homem que um dia lhe oferecera ajuda depois de ver os seus desenhos, foi para o Rio de Janeiro e se tornou um pintor, retratava as crianças da Bahia. Volta seca foi atrás de seu padrinho Lampião e se tornara um cangaceiro, na sua arma marcava a morte de mais de sessenta homens, no entanto a polícia o prendera e o condenara pela morte comprovada de 35 homens.

Os demais capitães da areia se envolveram com as greves e lutavam a favor do povo. Alberto, um estudante, sempre os visitava e juntos lutavam pelo ideal grevista. Foi assim que Pedro Bala foi embora, a pedido de Alberto partiu pra organizar os Índios Maloqueiros de Aracaju, o posto de líder dos capitães de areia foi entregue a Barandão.
Anos depois Pedro Bala era o ícone da luta do povo e todos pediam por ele.